Licença poética.

/ quarta-feira, 12 de janeiro de 2011 /


"Ela tem em si água e deserto, povoamento e ermo, fartura e carência, medo e desafio. Tem em si a eloqüência e a absurda mudez, a surpresa e a antigüidade, o requinte e a rudeza."

- Clarice Lispector'

Nunca entendi o porquê dessa busca desenfreada por dar nome às coisas, por que não dar adjetivos, dar sentimentos? por que ser isso ou aquilo e não os dois quando quiser? por que cair em contradição é tão ruim e surpreender-se é criar paradoxos? por que não anexar duas verdades e zipá-la com uma meia verdade duvidosa? por que ? por que o medo de ter medo? por que o receio do fracasso?


Quero tudo quando não tenho nada ...
e quando tenho em excesso trato logo de dar um jeito em cair em retrocesso,
gosto do abusivo das palavras vis,
como "sabão em pedra" e "enxurrada" misturo tudo e crio um verso,
Desconexo que é mais saboroso e termino com uma palavra estranha para causar desapontamento..
Gosto do mar como gosto do cheiro de papel queimando,
não gosto de gostar de tanta coisa, trás confusão
Gosto mesmo é de amar, sem opção, acontece sem querer e vai sem pedir permissão.
Peço a mão e vem logo o choro a ser contido, preciso de um ombro e viro eu o ombro amigo.
Deixo a vida me ensinar, todas essas coisas que dizem que a gente tem que aprender, enquanto isso vou vivendo, às vezes me perguntando, às vezes criando parágrafos e às vezes versos.
Laceio tudo com uma assinatura e deixo por ai correndo
Palavras se petrificam quando encontram um coração que as entendam, é como a gente..
quando encontra um amor e passa a achar a vida mais bonita.

2 comentários:

{ Emília Martins } on: 15 de janeiro de 2011 às 16:43 disse...

Oi!! Então, tem um selo pra vc no meu blog pq eu adoro o seu, tá? Bjos!!

{ Robson Amorim } on: 3 de fevereiro de 2011 às 08:37 disse...

Parabéns pelo POST! :D

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