O amor é importante.

/ terça-feira, 29 de junho de 2010 /

Posso não entender com exatidão o que de fato é o amor mas, sabe...
Não tenho o direito de qualificá-lo. Ninguém o tem.
Nem tenho o direito de possuí-lo, monopolizá-lo á minha vil concepção limitada.
Niguém o tem.
Posso apenas sentí-lo. E o faço com perfeição.
Esse sentimento livre, não redirecionado,
Aplacador de sonhos,
Ah, esse fluído brando de energias carregadas, essa via de contramão toda errada.
Não tenho medo
Tenho apenas medo de não amar.
Se o amor existe? mas que pergunta idiota.
Olhe a sua volta
A cada pequena demonstração de desapego.
A cada gesto que chamamos de divinal
Tolos são esses que o temem.
Eu apenas o sinto.
Tente você também.
Apenas...
Tente.



Filhos da morte burra.

/ sexta-feira, 25 de junho de 2010 /

"Jovens sem nenhuma utopia
Caminham tensos pelas ruas de suas casas velhas
Sem nenhuma luz, sem nenhuma luz de Fernando Pessoa
Fechados nas sexuais telas da impotência
Se masturbam contemplando corpos em decomposição!
Morte da minha fé,
Onde estavam o beija-flor e o arco-íris
Na hora do nascimento dessas criaturas
Quantas gotas de flor restam nos corredores dos céus
De vossas bocas.
Quais fontes clamam por vossos nomes?
Eu entrando na virtuosa idade
E eles entrando em idade nenhuma.
Os filhos da morte burra
Cheiram o branco pó da anemia
Esqueceram que um dia tocaram na poesia da
Transgressão em pleno ventre de suas esquecidas mães
Esqueceram de colar o ouvido ao chão
Para ouvir as ternas batidas do coração das borboletas.
Os filhos da morte burra
Jamais levantam uma folha para conhecer o amor dos incertos
Jamais erguem taças ao luar para brindar a
Vigorosa lua
Os filhos da morte burra,
Desconhecem ou jamais ouviram falar em iluminação
Apenas abrem a boca para vomitar"
(fragmento da música "ensaio sobre a cegueira")

Minha eloquente incoerência,
Minha indubitável insegurança
Minha indesejável presença.
Estou aqui, sentada observando tudo passar
Observo a mim mesma com certo pesar
Estamos todos cegos
sim, estamos
eu estou aqui, mas minha essência não está
Agora me diz, em que apoiar nossos sonhos?
A vida passa e o que resta enfim?
Sorrisos e alguma história para contar
Fechamos nossos olhos, trancamos nossas mentes na vil segurança de que os sonhos não existem.
O poeta sofre por acreditar no amor,
O ignorante não sofre.
O eterno meio termo
Pois que me levem enfim, sofrer não mata o que morre somos nós.
E eu sou mais do que um pedaço de carne podre.
Meu limite sou eu quem impõe.


"Entregue-se.
Faça.
Sofra.
viva, e não deixe que vivam por você"






Rápida Adjacente

/ domingo, 20 de junho de 2010 /

"Nunca é tarde para ser o que você poderia ter sido."
George Eliot.


Nunca entendi muito bem a relação entre o tempo, e a minha vida...
Tudo sempre acontece de modo tão impróprio, inesperado, que nem mesmo eu entendo como isso funciona.
Sei que as mudanças que estão acontecendo em mim,nos meus conceitos e antigos termos podem desagradar algumas pessoas á minha volta.
Se me importo? já me importei mais.
Sinto que um universo diferente do que eu conhecia está sendo mostrado á mim, revelado sem pudor.
Estou cometendo erros, e sabe... Sinceramente, não me culpo como antes. Minha compaixão se convalesce perante meus pequenos caprichos, meus pequenos desejos. Já não faço questão de ninguém, das conversar looongas sobre o tempo, sobre o que é certo e errado.
Futilidades, caprichos, erros, festas, novos amigos, novos lugares. Isso não muda quem eu sou.
Já tenho meu "eu" formado, perpetuado... Qualquer coisa além apenas se acrescenta, se enraíza em mim.
Mas sabe, estou aqui. No mesmo lugar, e as pessoas estão partindo, outras surgindo. Novas situações, novos problemas .
Seja como for, estou feliz.
E é isso que importa.

Ao limiar da eternidade

/ domingo, 13 de junho de 2010 /

Um dia nos encontraremos.
Tal qual Ahasverus e prometeu..
É inevitável, irrevogável.
Um condenado, o outro enganado,
Nossos erros nos farão nos encontrar,
Como linhas que deveriam ser parelelas...
Nossos traços se rebelaram, atitudes assim nem tão corretas.
Erros que farão nossas linhas se traçarem.
O doce desatino.
O grande engano dos apaixonados.
 
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