O amor é simples.

/ domingo, 16 de maio de 2010 /

" O amor me fere é debaixo dos braços ,
de um vão entre as costelas ...
Atinge o meu coração é por esta via inclinada.
Eu ponho o amor no pilão com cinza
e grão roxo e soco. Macero ele,
Faço dele cataplasma
e ponho sobre a ferida (..)"
-A. Prado-
Sim, meu amor é incoerente,
Incoerente á minha vida, ás minhas necessidades
Como galgos inquietos guarnecidos de fome eterna
Meu amor é de uma simplicidade quase estúpida
Tão estúpida quanto o tilintar de chaves para um cão solitário
Me contento com pouco,
Um pouco quase inatingível
Uma respiração morna
O desfalecimento do medo
Um dia não muito remoto,
O amanhã que nunca chega
Uma reciprocidade que nunca acontece
Meu amor é como o bater de asas de um beija-flor
Imperceptível para os leigos,
Impressionante para quem observa com uma maior atenção.

-Marcela R.

2 comentários:

Rafael on: 17 de maio de 2010 às 12:11 disse...

Realmente muito bom. Eu gostei muito. Apenas como sugestão, seria legal se você postasse outros poemas seus.

{ Lua Nova } on: 26 de maio de 2010 às 06:21 disse...

"Coração na boca, peito aberto, vou sangrando"... essa frase acho que descreve o que eu "entendi" de vc. Gostei e vou te seguir. Publique mais. Tenho certeza que tem outros tão bons quanto esse e eu gostaria de lê-los. Teria imenso prazer em te receber no meu blog. Venha tomar um chocolate comigo.
Beijos.

Postar um comentário

 
Copyright © 2010 Pequenos Dissabores, All rights reserved
Design by DZignine. Powered by Blogger